quinta-feira, 7 de junho de 2012

Divulgação: Benigno, de Francisco Souza-Urtiga


Hospital Santa Branca. É aqui onde se inicia Benigno, uma travessia inexorável da auto-descoberta humana como um elixir que mantém a sociedade viva. O argumento é exposto assim que nasce Lucas, um rapaz invisível que se assume como o protagonista da história.
Lucas é raptado do segmento de obstetrícia por Judite, a chefe de enfermagem a quem a vida nunca possibilitou adjectivar de mãe. Atravessando perseguições e mortes, ambos são transportados pelo tempo para um nível de sobrevivência na cidade rápida e mecanizada. A obra retrata o crescer de uma criança diferente que é enclausurada e analisa o grau de rejeição a que esta se sujeita na sociedade. Mais tarde, quando a sua condição de humano curioso se exalta, o rapaz foge de casa e aventura-se pelo perigo da sua existência na metrópole que o viu nascer.
Ao longo da adolescência, Lucas tenta descobrir o porquê da sua condição, tomado como inexplicado pelos argumentos vagos de Judite. Um turbilhão de mentiras e calculismos consomem toda a obra, pelo que o leitor precisa de estar atento a fim de descodificar a verdadeira verdade. E assim, através de uma profunda e detalhada análise tanto aos comportamentos do século XXI como também às atitudes de um ser humano comum e a percepção do seu valor interior e exterior, a história leva o leitor a conhecer o bandido Xavier e o mendigo Senhor Cravo que confrontarão Lucas com os seus actos.
Benigno é um romance épico-contemporâneo que promove e esclarece a relação humana como o combustível mundial. A ausência de um casal amoroso permite uma maior concentração nos outros tipos de amor e eleva o estatuto da dádiva da compaixão.
Na segunda metade da história, Lucas irá conhecer a sua verdadeira razão de existir, o motivo pelo qual foi posto no mundo. Na apresentação da elite metafórica Bona Persona, ele aperceber-se-á que tem um dever neste mundo e que pertence a um grupo de pessoas que o mantém um lugar sustentável.
O argumento começa a metamorfosear-se num plano de mais acção em que Lucas tem uma missão conjunta com o seu novo pai Eduardo e a companheira Maria Salomé, dois Bona Persona. O estádio da cidade irá pelos ares com uma bomba hispânica nórdica. O objectivo dos terroristas é um premeditado conflito diplomático que comprometerá a saúde internacional. É a vez de Lucas provar a si próprio uma força de acreditar e uma admissão da sua condição para o bem comum.
Os planos do objectivo e do metafórico unem-se em cada página para transmitir ao leitor uma mensagem de paz e de amor ao próximo. Um manual dos bons costumes, uma homenagem às boas pessoas.

Francisco Souza-Urtiga nasceu na cidade do Porto em Outubro de 1993. Estando desde sempre envolvido em associativismos juvenis, iniciou o seu percurso político com a participação no Parlamento Europeu de Jovens, tendo vencido as várias etapas até representar Portugal na sua 65.ª sessão internacional em 2010 na Ucrânia. É um apreciador da obra intelectual das correntes vanguardistas mundiais, como a geração d’orpheu portuguesa e a geração beat norte-americana. Diz-se um apologista de que a palavra escrita é a maior invenção da humanidade.

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