quinta-feira, 28 de junho de 2012

Novidade Quetzal


Sofonisba, a nobre cartaginesa; Sofonisba, a pintora renascentista; Sofonisba, a historiadora de arte. “Sofonisba. Um  nome assim é uma predisposição romanesca”, dirá o narrador desta história, o biógrafo  de Pedro  de  Andrade Caminha,  que se vê envolvido no caso do desaparecimento de um quadro do século XVII que representa as três graças.
Neste romance que cruza os caminhos do presente de uma burguesia culta da Foz do Douro com os de um passado clássico, as coincidências e os encontros de acaso podem ter consequências funestas  – ou apenas altamente surpreendentes.
“Le bonheur n’est pas grand tant qu’il est incertain - a felicidade não é tão grande quanto o é incerta – proferiu Sofonisba, enquanto figura trágica de Corneille, uma tirada que serve o tom geral desta cativante incursão ao universo ficcional, e de inesgotável erudição, de Vasco Graça Moura. E enquanto a matrona de Cartago escolhe o veneno à submissão aos soldados de Roma, Sofonisba, filha de  Asdrúbal Parente, apanha o comboio de mercadorias às 6 h 12 de uma pardacenta madrugada de Gaia.

Vasco Graça Moura, poeta, ficcionista, ensaísta e tradutor, foi advogado, secretário de Estado, director de Programas do Primeiro Canal da RTP, administrador da Imprensa Nacional  - Casa da Moeda, comissário-geral para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, comissário dePortugal para a Exposição Universal de Sevilha e comissário de Portugal para a exposição internacional «Cristoforo Colombo, il naviglio e il mare». Dirigiu o Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian. Colabora regularmente com a televisão, a rádio, jornais e revistas. Foi deputado ao Parlamento Europeu de 1999 até 2009. Entre os inúmeros prémios literários que recebeu, contam-se o Prémio Pessoa (1995), o Prémio de Poesia do Pen Clube (1997), o Grande Prémio de Poesia da APE (1997) e o Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB (2004). Foi galardoado em 2007 com o Prémio Vergílio Ferreira e com o Prémio Max Jacob de poesia estrangeira e, em 2008, com o Prémio de Tradução do Ministério da Cultura italiano pelas suas traduções de Dante e de Petrarca.

Sem comentários:

Enviar um comentário