terça-feira, 7 de junho de 2011

A Dália Azul (Nora Roberts)

Decidida a superar a morte do marido e a recomeçar num ambiente diferente, Stella Rothchild muda-se para a Harper House. O emprego é tudo o que alguma vez desejou e o ambiente de trabalho não poderia ser melhor. E mesmo a sua relação atribulada com Logan, o paisagista da empresa parece ser um problema menor. Mas, à medida que Stella começa a adaptar-se ao ambiente e a desenvolver novamente a sua capacidade de sentir afecto e amor, há alguém que fica tudo menos satisfeito. Alguém que, por acaso, é o fantasma residente da Harper House.
Tudo indicaria, à primeira vista, que esta história fosse, essencialmente, um romance entre o casal. E é claro que este elemento é uma parte considerável no enredo. Ainda assim, as surpresas começam bem cedo, quer porque a história não se limita ao romance, quer porque este se desenvolve de forma gradual, não sendo, de todo, o elemento dominante na fase inicial da narrativa. Na verdade, o que inicialmente cativa é mais a visão de uma possível reacção perante a perda, no primeiro contacto com Stella, seguido da curiosidade ante o novo ambiente em que esta se encontrará na sua mudança. Tudo isto escrito de forma emotiva e envolvente e também com alguns momentos divertidos ao longo do percurso.
No que toca ao romance, há alguns acontecimentos que não são muito difíceis de prever. Ainda assim, a autora apresenta o crescimento da relação de uma forma gradual, ao mesmo tempo que vai apresentando detalhes sobre a história de outras personagens que não o casal principal. Além disso, o elemento de mistério associado ao fantasma (quem é e quais as suas intenções) acrescenta algo de surpreendente ao percurso de uma relação que, com os seus momentos marcantes, poderia, ainda assim, parecer demasiado simples.
De referir, por último, a forma como alguns elementos deixados por explicar, bem como alguns vislumbres da história das outras mulheres da Harper House (fantasma incluído) despertam uma certa curiosidade para os outros títulos da trilogia.
Uma leitura leve e envolvente, com uma história intrigante (ainda que um pouco previsível nalguns momentos) e em que, curiosamente, é mais no ambiente geral e nos elementos mais misteriosos do enredo que residem os elementos mais interessantes. Cativante e agradável, um bom livro para descontrair.

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