Foi com Vida depois da Vida, livro dedicado às experiências de quase-morte, que o nome de Raymond Moody se tornou mais conhecido. Neste livro, o autor vai um pouco mais longe, analisando o que designa como "experiências de morte partilhada", isto é, situações em que as pessoas a viver fenómenos invulgares não são os que se vêem perante a morte, mas aqueles que lhes estão próximos.
Há muitas perguntas e muitas possibilidades na teoria que este livro apresenta. E não se encontram nele todas as respostas. Na verdade, o que os autores deste livro fazem é apresentar uma vasta série de experiências narradas por diferentes pessoas, de culturas e ambientes variados, e através delas construir uma teoria capaz de explicar, na medida do possível, a natureza dessas experiências. Isto é feito de uma forma bastante acessível, sem grandes elaborações teóricas, mas analisando principalmente os pontos em comum entre as múltiplas situações, estabelecendo a partir destes uma visão mais geral do que poderá definir o fenómeno.
Trata-se de um livro bastante breve e há muitas perguntas deixadas no ar. O que é apresentado neste livro é apenas o início, uma visão do conhecimento obtido até agora e, talvez, a definição essencial de um rumo a seguir. Isto é, aliás, referido várias vezes ao longo do texto e se há realmente, por vezes, a sensação de alguns elos em falta, é também esta a sensação que desperta curiosidade para o fenómeno e para o que poderá, talvez, surgir de uma análise mais aprofundada do tema.
Bastante interessante, em suma, ainda que, nalguns aspectos, fique a impressão de mais haver a explorar sobre o tema, trata-se, pois, de uma leitura cativante, principalmente para os interessados neste tipo de fenómeno.
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