segunda-feira, 13 de junho de 2011

The Moses Legacy (Adam Palmer)

A descoberta de alguns fragmentos de pedra com uma escrita desconhecida na área do Sinai parece indiciar a possibilidade de uma descoberta maior. É por isso que Daniel Klein, especialista em línguas antigas, é chamado a participar na descoberta. Mas há coisas estranhas a acontecer. O mentor de Daniel é assassinado apenas algumas horas após a sua visita. Uma doença inexplicável parece ter-se espalhado no local da escavação. E há uma organização disposta a matar para conseguir aquilo que pretende.
Não é difícil prever que este livro segue, em vários aspectos, a fórmula de muitos outros thrillers do género. Talvez por isso mesmo, o aspecto mais interessante acaba por ser a falibilidade das personagens quando colocados perante situações complicadas. Tanto Gabrielle como Daniel são figuras brilhantes do ponto de vista académico, mas de uma vulnerabilidade evidente ante a ameaça de um assassino mais forte e mais capaz que qualquer um deles. Além disso, tanto o vilão como a principal figura salvadora falham algumas vezes durante o desenrolar da narrativa.
Há uma série de informação interessante a ser apresentada, de forma gradual, ao longo da narrativa. Conceitos bíblicos, elementos históricos e aspectos linguísticos são alguns dos elementos que vão sendo explorados na medida em que são necessários ao enredo, permitindo assim manter um ritmo intenso de acontecimentos, sem prejudicar a medida de informação necessária. Surge, ainda assim, uma questão que poderia ter sido explorada de forma mais completa. Toda a questão da doença e da sua relação com as pragas bíblicas é explorada de uma forma algo apressada, ficando a sensação de que mais poderia ter sido dito sobre esta ameaça que é apresentada como altamente temível, mas de cuja origem, forma de actuação e potencial mortalidade apenas o essencial é revelado.
Numa mistura interessante de história antiga e preocupações modernas, este livro apresenta uma história que, apesar de previsível nalguns momentos e com um final um pouco brusco (talvez devido aos tais aspectos que poderiam ter sido mais desenvolvidos), não deixa de ser uma leitura envolvente e agradável. Gostei.

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