«Pergunto a mim própria: se uma mulher for levada ao limite, como reagirá?»
A pergunta é feita por Jean, uma fotógrafa, que em 1995 chega à ilha de Smuttynose, ao largo da costa do Maine, para fazer uma reportagem sobre um crime que aí teve lugar cem anos antes. Com ela viajam o marido, a filha de cinco anos, o cunhado e a respectiva namorada. À medida que vai mergulhando nos detalhes daquele acontecimento - um caso de paixão que resultou na morte de duas mulheres -, ela própria entra num terreno perigoso, dominada por emoções contraditórias. A suspeita de que o marido tem um caso desencadeia um ciúme incontrolável e uma desconfiança que acabam por levar Jean ao limite das suas emoções e a comportamentos de que nem ela própria suspeitava ser capaz.
Em A Ilha dos Desencontros, Anita Shreve, baseando-se num facto real - o assassínio de duas mulheres que ainda hoje continua por desvendar -, leva-nos através de uma viagem inesquecível até aos limites mais extremos da alma humana.
Natural do Massachusetts, onde ainda hoje reside, Anita Shreve formou-se na Tufts University, foi professora e acabou por enveredar pelo jornalismo após uma das suas histórias ter ganho o O. Henry Prize, em 1975, escrevendo então artigos para revistas como a Quest, Us e Newsweek.
Mais tarde, publicou dois livros de não-ficção a partir de artigos publicados na The New York Times Magazine. Em 1989 abandonou o jornalismo e dedicou-se apenas à literatura, alcançando um grande sucesso internacional – as suas obras venderam já mais de 7 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1998, recebeu o PEN/L.L. Winship Award e o The New England Book Award para ficção.
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