A 24 de Julho de 1139, a hoste de Afonso Henriques, é interceptada pelas forças almorávidas quando cruzava o Campo de Ourique em direcção a Coimbra. No dia seguinte, sob o quente sol de Verão, os dois exércitos são dispostos em formação de batalha. A superioridade muçulmana parecia fazer adivinhar vitória certa, mas o exército cristão, comandado pelo próprio príncipe, dispunha de um importante trunfo táctico: a cavalaria pesada. Um autêntico «tanque de guerra da Idade Média». É com a Batalha de Ourique que o historiador Miguel Gomes Martins começa a traçar o retrato de 15 dos mais emblemáticos teatros de operações da História Militar Medieval portuguesa. Ao longo destas páginas, apoiados em mapas e esquemas, mas também em imagens da época, revisitamos campanhas, batalhas, cavalgadas e cercos, observamos os territórios onde se deram estes confrontos, as estratégias e dispositivos tácticos escolhidos pelos comandantes, os meios humanos e logísticos envolvidos, conhecemos os problemas com que se debatiam os exércitos, da falta de mantimentos e de água, às epidemias que matavam homens, analisamos a evolução do armamento defensivo e ofensivo ao longo de 250 anos, terminando esta viagem com a Batalha de Aljubarrota, que a 14 de Agosto de 1385 deu a vitória ao exército de D. João I, comandado pelo Condestável do reino, D. Nuno Álvares Pereira, perante a hoste franco-castelhana de D. Juan I.
Miguel Gomes Martins nasceu em Lisboa em Fevereiro 1965. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é mestre e doutor em História da Idade Média pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Autor de vários livros de História Militar Medieval; Lisboa e a Guerra (1367-1411); A Vitória do Quarto Cavaleiro – O Cerco de Lisboa de 1384; A Alcaidaria e os Alcaides de Lisboa (1147-1433); e, As Cicatrizes da Guerra no Espaço Fronteiriço Português (1350-1450), em co-autoria com João Gouveia Monteiro. É Técnico Superior do Arquivo Municipal de Lisboa e investigador integrado do Instituto de Estudos Medievais e colaborador do Centro de Estudos de História da Sociedade e da Cultura.
Um livro a ler.
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