Neta de D. Miguel I e última filha de D. Miguel II, Maria Adelaide de Bragança, Infanta de Portugal, nasceu em Janeiro de 1912.
Desde muito cedo, foi testemunha de um mundo em transformação. Assistiu à queda de impérios, viveu por dentro duas guerras mundiais e participou activamente na resistência contra os nazis. Por duas vezes esteve presa e em ambas foi condenada à morte. A intervenção directa de Salazar numa delas e um desenlace surpreendente noutra permitiram que continuasse a sua luta.
Ao chegar a Portugal, já casada, com o seu estilo sincero, directo e inconformado, continuou a defender as ideias em que acreditava, no auxílio aos mais desfavorecidos, desagradando a uma sociedade que considerava a sua actuação pouco adequada a uma pessoa da sua condição.
A Infanta Rebelde mostra-nos a vida de uma figura absolutamente ímpar na História Contemporânea de Portugal, mas, acima de tudo, o retrato de uma mulher que teve a coragem de ultrapassar todos os obstáculos e lutar pelo ideal que dava sentido à sua vida – tornar a sociedade, tal como a sua natureza, mais justa e benévola. Um extraordinário testemunho de humanismo e coragem.
Prefácio Dom Duarte, Duque de Bragança
Raquel Ochoa nasceu em 1980, em Lisboa. Na sequência de uma viagem de vários meses pela América Central e do Sul, editou O Vento dos Outros, em 2008. No mesmo ano publicou Bana – uma Vida a Cantar Cabo Verde, a biografia de um mais populares músicos africanos.
Em 2009 venceu o Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, com o romance A Casa-Comboio, a saga de uma família indo-portuguesa ao longo de quatro gerações.
A Infanta Rebelde é a sua primeira obra publicada pela Oficina do Livro.
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