terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (C.S. Lewis)

Quando Lucy e os irmãos se mudam para a casa do velho Professor, estão longe de imaginar que vão encontrar uma porta para o outro mundo. Mas, ao explorar a casa, Lucy entra no guarda-roupa... e dá por si num lugar completamente diferente. Começa assim a aventura dos quatro irmãos no mundo de Narnia, onde uma poderosa e malévola feiticeira faz com que seja sempre Inverno (mas nunca Natal) e onde apenas a presença de um leão muito especial pode mudar o rumo dos acontecimentos.
Tal como em O Sobrinho do Mágico, é a aura de inocência que envolve toda a história a destacar-se, desde cedo, neste livro. A inocência de Lucy na defesa do mundo que descobriu, a ternura de todos, humanos e habitantes de Narnia, para com Aslan, a quase simplicidade com que o perdão é considerado, mesmo perante a traição. Ante esta inocência, a linha entre bem e mal é muito clara e os dois lados em conflito, evidentes, acima de tudo, na oposição entre Aslan e a Feiticeira, estão na base de alguns momentos emocionalmente marcantes.
Escrita de forma cativante e com descrições muito bem conseguidas, a história flui de forma envolvente e sempre interessante. Sendo um livro relativamente curto, há aspectos que se desenvolvem com relativa brevidade, mas nada de essencial fica por dizer. Além disso, todas as personagens têm o seu quê de cativante, mesmo os que resvalam para o lado do mal. Na verdade, a quase ingénua afinidade de Edmund para com a Feiticeira acaba por contribuir para a empatia que evoca.
Com muito de aventura, momentos bastante ternos e uma história sempre interessante, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa é, no essencial, uma história de ternura e de inocência. E, por tudo isto, uma boa leitura.

2 comentários:

  1. Olá! Já li este livro há alguns anos, mas no entanto nunca me esqueci da história. Claro que ajuda ter visto o filme, fazendo com que tenha memórias visuais da história, mas mesmo a história em si é demasiado memorável para se esquecer. Adorei lê-la, apesar de simples é uma história muito boa :)
    Beijinho

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  2. Lembro-me da primeira vez que li o livro e do quão fascinada fiquei. As imagens que criei na minha mente, assim como de muitos outros livros, permaneceram na minha memória. É, sem dúvida, um livro doce e simples. Um óptimo exemplar para adultos que se esqueceram do que é ser inocentes e ingénuo, evidenciando a simplicidade da vida e denunciando o que é verdadeiramente importante.

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