Um homem muda de tudo: muda de mulher e de partido, muda de religião e até de sexo – muda daquilo que quiser, menos de clube de futebol. Miguel João Barcelos mudou. Atrás, tem dois casamentos fracassados, uma monótona carreira de profissional de seguros e uma longa história de serões passados ao lado do pai, chorando algumas das mais belas e irresistíveis derrotas do Sporting. Agora, começou a sofrer pelo Benfica. E é quando se prepara para confessar o seu crime que vê entrar em cena uma misteriosa executiva de saltos altos, determinada a virar do avesso todas as certezas sobre as quais esperava erguer o seu projecto de nascer de novo.
Um fresco sobre a solidão que é, ao mesmo tempo, uma viagem ao coração dos homens e um tributo ao indecifrável poder das mulheres. Dez anos depois de O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas, Joel Neto regressa à ficção – e para ficar.
Joel Neto nasceu em Angra do Heroísmo, em 1974. Está traduzido em Inglaterra e na Polónia, editado no Brasil e representado em antologias em Espanha, Itália e Brasil. O seu primeiro romance, O Terceiro Servo, foi objecto de tese de doutoramento na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, no Brasil. O Citroën que Escrevia Novelas Mexicanas, que publicou a seguir, foi adoptado como leitura obrigatória pela Universidade dos Açores. Vive entre o coração de Lisboa e a Terra Chã, freguesia rural da ilha Terceira, onde cresceu, e desenvolve há mais de uma década intensa actividade como cronista em alguns dos mais importantes jornais portugueses. Na Porto Editora tem publicado Banda Sonora para um Regresso a Casa(2011), uma seleção das suas melhores crónicas publicadas entre o Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.
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