Durante muitos anos, o grande poeta Von Humboldt Fleisher e Charlie Citrine, um jovem inflamado pelo amor à literatura, foram os melhores amigos. No momento em que morreu, Humboldt era um falhado, tornara-se pobre e só; e Citrine, por seu turno, também não se encontrava numa fase muito auspiciosa da vida: deixara de progredir na carreira, debatia-se nas malhas de um divórcio litigioso, e vivia uma paixoneta por uma jovem mulher pouco recomendável, envolvida com um mafioso neurótico. De repente, é como se Humboldt agisse a partir do além para deixar a Charlie um legado inesperado – legado esse que poderá mudar o rumo da sua vida.
Saul Bellow nasceu em Lachine, no Quebeque, em Julho de 1915. Emigrou aos nove anos com a família para os EUA, fixando-se em Chicago. Morreu a 5 de Abril de 2005 no Massachusetts. Considerado um dos maiores romancistas americanos do pós-guerra, descreve nos seus romances a complexidade social e psicológica do mundo. Influenciado pela narrativa existencialista europeia e por Franz Kafka, abordou também a problemática judaica num estilo irónico e distanciado. Foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1976. A Quetzal iniciou a publicação das suas obras com Morrem Mais de Mágoa, a que se seguiu As Aventuras de Augie March, Ravelstein, e agora O Legado de Humboldt.
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