E se um terramoto como o de 1755 acontecesse? Até que ponto estaria a população preparada? Esta é a questão fundamental que este pequeno livro levanta. Noções do comportamento adequado antes, durante e depois de um sismo e também questões de nível mais global (solidez de construções, zonas de risco, etc.) são abordadas nas duas partes que, nas pouco mais de 100 páginas deste livro, apresentam, de forma geral, os níveis de risco das diferentes zonas do país e a reacção mais próxima do ideal, caso o sismo aconteça.
É algo preocupante o cenário que este livro apresenta, tendo em conta os dados da primeira parte, principalmente a nível de segurança das construções. Ainda assim, nota-se ao longo do livro o esforço em manter um tom sóbrio e sem cair no alarmismo, apresentando de forma precisa os dados e os riscos tal como eles são. É, na verdade, a primeira parte que apresenta mais de conhecimento novo, a nível de zonas de risco, da definição de pontos mais vulneráveis e, em certa medida, de previsões quanto ao que poderia acontecer.
A segunda parte é, provavelmente, a mais prática, ainda que também a mais familiar. Das muitas e relevantes dicas apresentadas, é provável que muitas delas já sejam conhecidas do leitor. Ainda assim, são elementos que é sempre bom ter em conta.
Como Sobreviver a um Terramoto em Portugal é, pois, e acima de tudo, uma breve orientação prática às possibilidades e melhores reacções em caso de calamidade. Para as mentes mais informadas, é possível que não apresente muito de novo. Ainda assim, o essencial está lá.
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