O amor é um tema intemporal e a base de inúmeras obras literárias, como é o caso dos cinco contos que constituem este livro. Pela pena de cinco grandes nomes da literatura universal, diferentes histórias e estilo de escrita ganham forma tendo como linha comum o amor romântico.
Em O Rouxinol e a Rosa, de Oscar Wilde, é a própria natureza que acorre em auxílio do amante desesperado, num conto de sacrifícios vãos e da ingratidão do amor, uma história ao mesmo tempo mágica e triste, cativante e comovente.
Segue-se De Viagem, de Guy de Maupassant, história de salvação e de amor nascido numa viagem de comboio. Forte nos sentimentos, uma narrativa fluída e envolvente, onde a estranheza de uma devoção invulgar comove pela sua profundidade.
Amor, de Anton Tchekhov, fala do amor e da rotina que se instala com a passagem do tempo. Aqui, o mais interessante é o contraste entre o entusiasmo inicial e a distância que se estabelece com o progredir do enredo. Contraste que também se evidencia em A Fuga, de Rainer Maria Rilke, história de um amor proibido que se revela vazio ante a necessidade de enfrentar dificuldades. Marca deste conto a visão algo pessimista (ou realista) do amor, contada de forma sóbria e sem elaborações.
Por último, Aldous Huxley assina Hubert e Minnie, história de um amor nascido e quebrado em sociedade. Pausado, com momentos filosóficos, contemplativos, onde a linha do enredo quase se perde nas longas fases de reflexão. Cativante, ainda assim, principalmente pela qualidade da escrita.
Um conjunto interessante, em suma, dos quais se destacam os dois primeiros contos, mas onde todos os textos apresentam alguns pontos de interesse. Uma boa leitura, portanto.
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