terça-feira, 17 de abril de 2012

Novidade Porto Editora


Emiliano nasceu num bordel. Abandonado pela mãe, cresceu na Casa Pia, de onde fugiu para a marginalidade. Alistou-se nos paraquedistas para escapar à polícia. Na guerra, em Moçambique, conquista o nome que o celebrizou: leão do Sagal. Na guerra civil de Angola combate como mercenário. Ferido e traumatizado, regressa a Lisboa, à cidade, aos contactos com o submundo e à intriga política. É mulherengo e sedutor, mas as mulheres maltratadas sentem-se protegidas por ele. 
Da «tia» Lola, a dona do bordel que o acolheu em criança, lembra-se com grande ternura. Vai trabalhar num supermercado, e um dia um assalto violento desperta o Sagal guerrilheiro. Organiza a defesa do supermercado como se este fosse um acampamento no mato, cercado pelo inimigo. A fama de Sagal espalha-se; a sua vida nunca mais será a mesma. 

António Brito é licenciado em Direito e trabalhou em empresas multinacionais. Nasceu entre as serras do Açor e do Caramulo, concelho de Tábua, distrito de Coimbra. Antigo combatente da guerra colonial, alistou-se aos dezoito anos na Força Aérea, nas Tropas Páraquedistas, sendo mobilizado para a guerra em Moçambique. 
Combateu os guerrilheiros nacionalistas em algumas das mais importantes operações militares de toda a guerra ultramarina: nas florestas da serra Mapé, nos pântanos do rio Rovuma, no planalto dos macondes, no vale do rio Messalo. Colaborou com jornais de Moçambique e Portugal, contando histórias de guerra e de homens vivendo para lá dos seus limites. 
A Sextante Editora publicou os seus romances  Olhos de caçador (2007) e O céu não pode esperar (2009), baseados nas suas vivências africanas na guerra de guerrilhas no antigo território português do Índico.  Olhos de caçador  foi considerado um dos melhores livros escritos em língua portuguesa sobre a guerra colonial, a condição de soldado e a solidão do combatente, revelando o seu lado desconhecido.

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