Depois dos acontecimentos da curta (mas violenta) Guerra dos Fae, Sookie concentra-se em recuperar algo de uma desejada normalidade. O seu ponto de refúgio é, principalmente, Eric, o seu amante vampiro. Mas há algo em Sookie que atrai problemas e entre as atribulações da política vampírica, um pedido de auxílio da parte dos lobisomens, uma fada com motivos para odiar e o surgir de algumas figuras do passado, não há muito espaço para a tranquilidade.
Ao décimo volume desta série, é interessante notar que, apesar de os elementos essenciais - muita acção, escrita simples, ritmo viciante - continuarem presentes e em força, outros há que passaram para um nítido segundo plano. Apesar de muitos dos seus pretendentes continuarem presentes, a vida amorosa de Sookie parece ter, finalmente, atingido alguma estabilidade, deixando espaço para maiores desenvolvimentos a nível quer da acção, quer da caracterização do passado de outras personagens.
Como habitual, há muito a acontecer. Mortes misteriosas, ataques inesperados, ódios mortais e alguma intriga política... Tudo isto se conjuga numa história que, desenvolvida de forma bastante simples, mantém, ainda assim, a curiosidade em saber mais. Apesar disso, o elemento mais marcante diz respeito ao domínio das relações familiares. Sookie aprende a conviver com o primo Claude, tenta ajudar o primo Hunter e descobre que Dermot não é o vilão que pensava ser. Por sua vez, Bill (cuja presença é discreta, mas marcante, neste livro) e Eric, reencontram-se com elementos da sua família vampírica, sendo as consequências, no caso do último, bastante inesperadas.
Fica, mais uma vez, a impressão de que o final poderia ter sido um pouco mais desenvolvido. Ainda assim, as surpresas são bastantes e a história nunca deixa de ser cativante. É, ainda, muito bom reencontrar personagens que, ao longo desta já longa série, já se tornaram, de certa forma, familiares. E, por tudo isto, vale a pena ler esta nova aventura.
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