sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A Epidemia (Sebastian Rook)

Ainda mal recompostos do confronto com os lampiros, Ben, Jack e Emily pouco tempo têm de tranquilidade, antes da descoberta de uma notícia devastadora. Ben foi infectado com a praga e, dadas as circunstâncias invulgares, a expectável solução de eliminar a fonte da infecção não é suficiente para o curar. Resta-lhes, pois, a esperança de encontrar uma cura em Varsóvia, junto do irmão de Filip, o homem que já antes os ajudou no combate aos lampiros. O problema é que também na cidade os lampiros despertaram. E a cura de Ben pode significar também uma alteração drástica no rumo dos acontecimentos...
Dando continuidade aos acontecimentos narrados em A Praga, mas transpondo grande parte da aventura para um cenário diferente, este é um livro que tem, essencialmente, os mesmos pontos fortes dos anteriores. Cativante, com personagens empáticas, perigo e acção em abundância e os toques ideais de emoção e de humor, também esta é uma história que, sem ser particularmente complexa, consegue manter sempre viva a curiosidade em saber mais. E, ocasionalmente, de surpreender.
Ben, Jack e Emily são personagens que já estão habituados a enfrentar o sobrenatural e, por isso, é expectável uma certa capacidade de reacção. Mas, aqui, é introduzida uma nova circunstância que torna as coisas mais interessantes. O facto de Ben ser infectado com a praga dos lampiros, além de fragilizar os protagonistas, coloca-os numa corrida contra o tempo, o que confere ao enredo uma nova intensidade.
Ainda um outro ponto interessante diz respeito aos novos desenvolvimentos acerca dos lampiros, com as mudanças relativamente à praga a criarem situações cada vez mais difíceis, ao mesmo tempo que justificam uma leve, mas interessante, aproximação ao debate entre ciência e superstição.
Há alguns momentos em que fica a impressão de que mais poderia ser dito, principalmente no que toca aos episódios de maior intensidade emocional. Ainda assim, simples e sucintos no seu desenvolvimento, todos os momentos se conjugam numa história envolvente, com alguns momentos especialmente marcantes e que, ao deixar algumas perguntas sem resposta, cria boas expectativas para o volume final da história.
Leve quanto baste, mas com um surpreendente lado sombrio, este é, pois, um livro à medida das expectativas criadas pelos anteriores. Uma boa história, com personagens cativantes, um toque de humor e um bom equilíbrio entre acção, mistério e emoção. Tudo somado, uma boa leitura.

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