A mãe foi de viagem, mas o bebé não parece estar muito chateado por ter ficado sozinho com o pai. Até porque o pai faz-lhe as vontades todas. Mas quando um dia, ao chegar a casa, se deparam com a porta aberta, o bebé fica confuso. Quem estará do outro lado? A resposta pode ser simples - mas não deixa de ser uma revelação.
Um dos aspectos mais cativantes destes livros, e principalmente tendo em conta que este é o mais simples dos três, é a forma como, apesar de serem muitíssimo breves, conseguem contar uma história tão capaz de cativar os mais pequenos como de arrancar sorrisos aos adultos. É realmente muito simples - a mais simples de todas, apesar do título quase existencial - mas não deixa de ser um belo reflexo da curiosidade natural dos mais pequenos ante tudo o que é novo. E para os bebés tudo é novo.
Mais uma vez - e de novo, especialmente neste volume - a componente visual complementa a escrita, com a sua abundância de cores e de expressões a acrescentar vida a um texto curto e focado no essencial. É um livro bonito, daqueles que dá gosto folhear, e sendo um livro infantil, este aspecto apelativo é também um bom ponto de partida para gerar curiosidade para a leitura.
E quanto ao lado existencial de o bebé não saber quem é? Bem, é também um aspecto curioso. É que há várias maneiras de não se saber quem é. E a que o título traz ao pensamento - principalmente de um leitor adulto - não é necessariamente a que se esconde no interior.
Simples, peculiar e divertido: assim é mais este pequeno livro protagonizado pelo bebé mais curioso do mundo. Uma boa história para atrair os mais novos para a leitura e uma breve, mas cativante leitura para quem quer apenas recordar a infância.
Título: O Bebé Que... Não Sabia Quem Era
Autores: Rui Zink e Manuel João Ramos
Origem: Recebido para crítica
Sem comentários:
Enviar um comentário