Jolly Jumper está diferente. Não reage, recusa-se a responder, parece desinteressado. Por isso, quando Lucky Luke recebe uma missão, conta que a nova aventura possa reatar os laços entre homem e o cavalo. Só que o cavalo continua a não responder. E a aventura não é bem o que parecia...
Provavelmente o elemento mais marcante deste livro é a omnipresença do humor. Carregadinho de momentos divertidos e de situações peculiares, todo ele é leveza e descontração, além de não faltarem diálogos capazes de arrancar gargalhadas. Além disso, esta constante leveza faz com que a história, apesar de relativamente curta, ganhe uma certa singularidade, pois a missão torna-se quase secundária às relações.
Do lado visual, sobressai um aspeto curioso, o de que cada uma destas homenagens tem um traço muito diferente, mas a aura das personagens permanece inconfundível. O rosto deste Lucky Luke é bastante diferente, por exemplo, do de O Homem que Matou Lucky Luke, mas é, ainda assim, perfeitamente reconhecível, ainda que as próprias personagens pareçam achar o contrário. E este traço mais leve contribui também para realçar a leveza do enredo.
Claro que, sendo um livro relativamente breve, e em que a missão parece passar, por vezes, para segundo plano, poderá parecer que alguns aspetos da aventura evoluem demasiado depressa. Mas faz um certo sentido, porque, olhando bem para a história, a verdade é que a missão não é mesmo o mais importante.
Leve, cativante e divertidíssimo, trata-se, em suma, de um encontro singular com o eterno cowboy mais rápido do que a própria sombra. E de uma aventura breve, mas certamente muito interessante.
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