O economista que já em 2006 antecipou a crise, anuncia efeitos mais dramáticos para 2010.
Santiago Niño Becerra é professor catedrático de Estrutura Económica na Universidade Ramon Lull, ocupou diversos cargos em empresas privadas e é presença habitual nos media espanhóis.
Em 2006, antes dos acontecimentos que desencadearam a crise financeira e económica que abalou o mundo, Niño Becerra declarou ao jornal ABC que em 2010 ocorreria um crash de proporções semelhantes ao de 1929, com base na análise de ciclos de crescimento dos últimos 55 anos.
O que parecia impossível, afinal aconteceu. O mundo está hoje perante uma reconhecida e profunda crise económico-financeira de grande dimensão, que suscitou até uma discussão pública sobre a sobrevivência do modelo capitalista.
Em Portugal, muitas notícias dão conta do impacto deste problema. Entre outras informações, a Caritas anunciou recentemente, no início de Outubro, o aumento de novas formas de pobreza. Os países tomaram medidas e os governos tentam tranquilizar as populações anunciando a recuperação económica.
Santiago Niño Becerra mantém o que disse em 2006. O economista defende que esta crise é sistémica, que os verdadeiros só se sentirão a partir de 2010, serão profundos e duradouros, sobretudo em alguns países da Europa, atingindo de forma implacável a classe média.
Neste livro, escrito no último semestre de 2008, desenvolve o seu argumento, explicando de forma acessível a origem, a natureza e o alcance da situação actual, incluindo uma perspectiva histórica sobre o princípio e o fim dos modelos económicos do passado.
Uma tese polémica e inconveniente, defendida por um dos poucos especialistas mundiais que, nos momentos de plena euforia, se atreveu a anunciar o que agora apenas principiamos a intuir.
Fonte: Planeta
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