terça-feira, 2 de novembro de 2010

Novidades Papiro para Novembro

Livro de poesia livre, de temática diversificada – fala-nos, no fundo, da vida –, que versa sobre o quotidiano, assumindo, por vezes, a crítica social mordaz.












O pai dela é um coiote mas ela nunca tinha visto coiotes comportarem-se assim. A sua própria origem é-lhe desconhecida, pois não é completamente humana mas também não é animal. Sabe o som da palavra, conhece o fogo. E nenhum outro animal se parece com ela; caminha, alimenta-se ou pensa como ela.
Apenas uma outra criatura improvável abre portas à (sua) descoberta — um lobo com traços de homem e que esconde um mágico segredo.
Juntos seguem pelo caminho vermelho na floresta em busca das respostas e da resolução dos mistérios. O que encontram traz de volta velhas memórias e revelações. É uma história de procura de personagens perdidas num limbo entre um corpo e uma
mente que parecem estar errados, e que se vêem obrigadas a viver uma intimidade forçada, a substituir as palavras por gestos e olhares.

Neste romance a autora narra a história duma mulher, realizada profissionalmente, que encontra o grande amor da sua vida e que, depois de conseguir superar os obstáculos que lhe aparecem, consegue ficar com ele. É, portanto, uma história feliz duma mulher feliz cuja vida nem sempre é um mar de rosas, pois há problemas a resolver, obstáculos a ultrapassar, desgostos a superar, apenas amenizados porque tem a seu lado um grande amor.

“Sê livre e faz da consciência a tua coroa,
Pois em cada esquina serás ensinado
Para assumires a difícil proa
Do novo mundo que está a ser criado.

Então, quando completares o teu ser,
Sei que duvidarás da simplicidade,
Mas logo aceitarás esse novo querer
Que te puxará para a verdade.

Afinal, foi na casa da vida
Que eu aprendi a ser quem era,
E lembro-me que a breve despedida
Mais não foi do que uma longa espera.”

“Numa catarse, no limiar da loucura, quando a fronteira entre o real e a ilusão parecia irremediavelmente perdida, eis que se dá a revelação de si a si mesmo. As respostas, que tanto buscara, oferecem-se, iluminadas, enquanto se dá a renovação do espírito em comunhão com a carne.” (Do prefácio)

São aves migratórias, os professores de quem falo. Seres errantes que vagueiam de escola em escola. São de lugar nenhum. Tudo é breve: rostos, paisagens, afectos. E a vida abrevia-se num longo voo de silêncio e solidão. Contextos pedagógicos e rupturas psíquicas são os pilares deste livro que, partindo de uma experiência pessoal, questiona a escola dos nossos dias. Precariedade, mobilidade e desenraizamento, indisciplina, bullying e humilhação desenham o «fio da navalha» que precipita a depressão.

Após dois anos a esconder um amor incondicional por Marta, Sam pensa revelar à melhor amiga aquilo que sente, mas as dúvidas começam a surgir-lhe à medida que entra em algo novo na sua vida. Ao longo de toda a história, esse amor mostra-se mais forte, mas algo irá acontecer.
É num registo fluido e em mensagem ficcionada que Isaac Barradas escreve para aqueles que mais o compreenderão: trata-se de um livro de e para adolescentes, em jeito de homenagem a uma das fases mais intensas da vida, esse futuro pretérito imperfeito que jamais será esquecido.

Do avesso. É desta forma que a autora se apresenta neste conjunto de textos compostos, de forma dispersa e aleatória, pelo tempo. Partindo «de dentro», escreve impressões e sentimentos íntimos que, página a página, lentamente, caminham «para fora», em direcção ao mundano, levantando e respondendo a questões prementes do nosso quotidiano.

Prefácio de Helena Vieira, cantora lírica

Ilustração de Armando Gama, músico

É do senso comum que o futebol é um fenómeno universal. No entanto, não passava pela cabeça de ninguém, muito menos na do Pedro a viver no norte de Portugal, que uma viagem com a mãe e um jogo de futebol seriam as razões decisivas para que grandes amizades se fizessem naquelas férias de Verão em África.
Foi a sentir o ar quente e húmido e a deambular pelas ruas adornadas pelas famosas acácias rubras e rosas de porcelana, que os amigos descobriram o Palácio Cinzento numa das praças de Benguela, um edifício imponente e misterioso, devidamente guardado, mas com muito para descobrir.
Trata-se de uma incrível peripécia, que se destaca pela fantasia e imaginação e para a qual contribuíram: a curiosidade do Pedro recentemente chegado de Portugal, a força de Palanca e a cultura de Ginga dois irmãos Caluandas e a perspicácia e sabedoria tradicional de Nuni Kulunga oriundo da província do Cunene.

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