Romance, sobrenatural e... bailes. São estes os elementos comuns aos cinco contos que compõem este livro. E se todas as histórias têm alguns elementos de interesse, algumas há a que parece faltar alguma coisa...
A Filha da Exterminadora, o conto de abertura, é da autoria de Meg Cabot e apresenta a história de Mary, a filha de uma caçadora de vampiros que foi, ela própria, convertida em vampira. O objectivo de Mary é, ao atingir o filho do vampiro que atacou a sua mãe, fazer com que esse ser abandone o seu esconderijo. O problema é que Sebastian Drake tem poderosos encantos que lhe permitem controlar a única amiga de Mary e, por isso, esta vai precisar de ajuda. A ideia geral da história é bastante interessante e a escrita é agradável. Mas a história é demasiado centrada na química entre Adam e Mary, levando não só a que a situação dos vampiros seja pouco desenvolvida, mas também a que, depois de uma conclusão quase "acidental, fique demasiado por explicar.
Segue-se O Buquê, de Lauren Myracle. Três amigos que visitam uma vidente para resolver um problema de timidez acabam por descobrir que o que julgavam uma divertida farsa se converteu num sério problema de maldições e desejos insensatos. O início do conto parece ser um pouco forçado, demorando um pouco a alcançar os aspectos importantes da história. Ainda assim, toda a situação em volta do buquê e dos desejos concedidos cria alguns momentos marcantes de tensão e o final é de grande intensidade.
Madison Avery e a Morte serve de prequela a uma série da autoria de Kim Harrison. Aqui, uma mudança de escola e um baile não muito cativante acabam por se transformar numa situação de vida ou morte... com algumas opções inesperadas. Também com um início um pouco lento, acaba por evoluir de forma interessante. Ao deixar bastante em aberto, desperta curiosidade para os livros da série, mas fica também a sensação de algo em falta.
Beijos e Segredos, de Michele Jaffe conta a história de uma rapariga dotada de poderes invulgares e de como a sua vida se vê em perigo em consequência do que deveria ser apenas mais um trabalho. Aqui, é o início um dos momentos mais poderosos do conto, já que parte da sua força se perde com as excessivas divagações da protagonista. Há, ainda assim, alguns momentos fortes, apesar de algumas circunstâncias levemente irritantes. Melhora, na fase final, mas fica, ainda assim, demasiado sem resposta.
Por último, O Inferno na Terra, de Stephenie Meyer, tem como elementos essenciais um baile onde ninguém parece divertir-se, um rapaz com apurados instintos protectores e uma rapariga invulgarmente malévola. Leve, envolvente, com um início ligeiramente confuso, mas ganhando intensidade com a progressão dos acontecimentos, uma história bastante interessante, ainda que um pouco previsível, e com uma visão peculiar da hierarquia demoníaca.
Com alguns contos mais cativantes que outros, este Danças Malditas acaba por ser, apesar de tudo, uma leitura agradável e que entretém, com os seus momentos de interesse e com algumas ideias curiosas. Tenho de admitir, apesar disso, que esperava um pouco mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário