quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Livros de Sempre... Para Sempre... (2)

Com o passar dos anos e a descoberta de novos livros, há, inevitavelmente, leituras que acabam por conquistar um espaço especial na memória de quem os lê. Mas há também aqueles que prevalecem, mesmo depois de muito tempo. Esta é mais uma viagem àquelas leituras já distantes, mas que têm, ainda e sempre, um significado especial.

HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN (J.K. Rowling)

Sinopse: Daquela vez Harry Potter não conseguira conter-se. Quebrara uma das regras principais de Hogwarts - não exercer técnicas de feitiçaria fora dos muros da escola. Mas aquela detestável Tia Marge merecia permanecer umas boas horas suspensa no tecto da sala dos Dursleys, inchada como um balão. Além disso já faltavam poucos dias para recomeçar as aulas. Mas o seu terceiro ano não irá ser fácil. Da prisão de Azkaban fugira o feroz Sirus Black, um dos mais fieis seguidores do assustador Lord Voldemort para o que Harry Potter continuava a ser o alvo favorito. O pior é que o herói de J. K. Rowling começa a suspeitar da existência de um traidor entre os seus próprios amigos... O regresso da personagem fantástica que está a conquistar leitores em todo o mundo numa aventura que te enfeitiçará até à última página.

Porque ficou: Desta série que fez parte do meu crescimento pessoal - e que, por isso, marcou em múltiplos aspectos - é este terceiro volume o meu incondicional favorito. Por várias razões. Por uma história que, de forma clara e marcante, fala de lealdade, de afectos que permanecem, de inocência posta em causa e do valor de uma consciência no sítio certo. Por toda uma aventura cheia de acção, mas onde as personagens são um elemento essencial. E, acima de tudo, por uma grande figura - Sirius Black, evidentemente - que reflecte muito daquilo em que acredito e que, pelos seus valores e experiências, se tornou numa das minhas personagens favoritas.

O CLUBE DUMAS (Arturo Pérez-Reverte)

Sinopse: Pode um livro ser alvo de investigação policial como se de um crime se tratasse? Podem as suas páginas ser encaradas como pistas para um mistério com três séculos?
Lucas Corso, especialista em descobrir edições raras, está a tentar responder a este enigma quando é incumbido de uma dupla missão: autenticar um manuscrito de Os Três Mosqueteiros e decifrar o mistério de um livro queimado em 1667 e que, afirma a lenda, foi co-escrito por Satanás.
Dos arquivos do Santo Ofício às poeirentas estantes dos alfarrabistas e às mais selectas bibliotecas internacionais, Corso é atraído para uma teia de rituais satânicos, práticas ocultas e duelos com um elenco de personagens estranhamente semelhante ao da obra-prima de Alexandre Dumas. Auxiliado por uma beldade misteriosa com o nome de uma heroína de Arthur Conan Doyle, este «caçador de livros« parte de Madrid rumo a Paris, passando por Sintra, em perseguição de um sinistro e aparentemente omnisciente assassino.
Parte mistério, parte puzzle, parte jogo intertextual, O Clube Dumas é uma das obras emblemáticas de um dos mais reputados escritores da actualidade. Foi adaptado para o cinema sob o título A Nona Porta, realizado por Roman Polanski e protagonizado por Johnny Depp.

Porque ficou: Um protagonista peculiar, uma história cativante e uma escrita soberba são as características essenciais deste mistério em volta dos livros. Envolvente, cheio de surpresas e bastante mais complexo que a adaptação a filme, é, por vezes, uma leitura um pouco densa. Apesar disso, é um trabalho impressionante e tornou-se num dos meus livros favoritos.

A MÃO ESQUERDA DAS TREVAS (Ursula K. Le Guin)

Sinopse: Livro vencedor dos Prémios 'Hugo' e 'Nebula' (1969) traça um caminho de extrema originalidade por um mundo gelado de seres andróginos. Genly Ai é enviado para o planeta Gethen por uma federação interestelar, o Ecuménio. Governado por um rei extravagante, a estranheza deste universo acentua-se na multiplicidade de géneros sexuais, em que os seres podem ser simultaneamente mães e pais de diferentes crianças. Genly, o enviado para esta missão sofre uma mudança de pensamento e aprende a aceitar as diferenças abismais que encontra na forma de relacionamento entre estes seres.
Le Guin explora criativamente os temas da identidade sexual, incesto, xenofobia, fidelidade e traição deixando, como na maior parte dos seus trabalhos, uma poderosa mensagem social que nos convida a ir além do racismo e sexismo. Um livro fascinante do princípio ao fim descrito como “um brilhante rasgo de imaginação” e considerado um dos grandes romances do século XX. Um imperdível clássico de ficção científica.

Porque ficou: um sistema impressionante, temas relevantes abordados de forma cuidada e que apelam à reflexão e também uma história impressionante, com personagens muitíssimo bem construídas e a medida ideal de emoção. Fascinante em todos os aspectos, marcou desde a primeira página... e bem para além da última.

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