Corre o ano de 1807 e Portugal é invadido pelos exércitos francês e espanhol. À cabeça das tropas invasoras vem Junot, militar francês que sonha com a glória. A Corte portuguesa, com medo, foge para o Brasil, e o país vê-se ocupado durante quase um ano. À volta de Junot agrupa-se uma nova corte, chega-se a projectar aclamá-lo como rei. Às atrocidades dos invasores sucedem-se violações, mortes, roubos. Mas o povo revolta-se e juntamente com forças inglesas, Junot é derrotado.
Esta é a história de um dos episódios mais dramáticos de Portugal, narrado por um dos seus melhores escritores. Mais do que um livro de História, mais do que romance, este é um livro único. Um clássico quase esquecido que importa recuperar.
Raul Brandão. Nasceu no Porto, em 1867, numa família de pescadores, e morreu em Lisboa, em 1930. Chegou a estudar no Curso Superior de Letras, mas acabou por se inscrever na Escola do Exército, em 1889, seguiu a carreira militar como oficial e reformou-se com o posto de major em 1812. Impressões e Paisagens, publicado em 1890, é o seu primeiro livro. Colaborou regularmente com a imprensa ao longo de toda a vida, sendo um dos fundadores da Seara Nova. Foi também sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa.
Escreveu um dos maiores clássicos da língua portuguesa, Húmus, em 1917, bem como outros títulos igualmente importantes, nomeadamente A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore e Os Pescadores, entre outros. Autor de uma obra multifacetada, tendo publicado romances, contos, teatro, história e memórias.
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