Daniel sempre teve uma grande imaginação e a secreta vontade de viver uma aventura. Mas a sua vida é simples rotina. Até ao dia - o mesmo dia em que é dispensado do emprego - em que, ao avistar um fenómeno estranho, é puxado para outro mundo. Tauri é um universo paralelo e um mundo onde os seres imaginários são reais. Tal como a magia. E, entre o bem e o mal, há uma profecia que fala de um escolhido, vindo de outro mundo para trazer a destruição ou uma paz duradoura. Aparentemente, Daniel é esse escolhido. Mas tem muito que aprender...
O mais interessante neste livro é a ideia que lhe serve de base. Não é propriamente algo de novo e também o sistema não é nada de nunca visto. Ainda assim, a ideia da viagem a outro mundo - e da inevitável missão a desempenhar - tem as suas possibilidades e o potencial para ser cativante, principalmente se houver um bom desenvolvimento das personagens.
Infelizmente, isso não acontece. A história é desenvolvida de forma muito sucinta e centrada essencialmente na acção. Tudo acontece demasiado depressa, desde a aprendizagem de Daniel aos momentos de combate e às decisões fundamentais das personagens. Além disso, não há grande caracterização das personagens, sendo difícil sentir preocupação ou empatia para com as suas circunstâncias. Daniel entra num mundo completamente novo, mas a sua confusão face a essa situação mal se percebe. As relações que estabelece justificam algum afecto, mas tudo acontece depressa de mais para que se crie esse elo emocional. A impressão que fica é a de uma história contada a um ritmo demasiado apressado, faltando um desenvolvimento dos pormenores para completar o básico.
Também a nível de escrita há bastantes fragilidades. A linguagem é bastante simples, o que permite que a leitura seja, apesar de tudo, relativamente leve, mas os frequentes erros ortográficos, a pontuação confusa e os diálogos demasiado simples prejudicam o ritmo de leitura e, nalguns casos, tornam difícil a percepção do que as personagens pretendem dizer.
Falta referir, por último, que este livro é, apenas o início de uma história maior, pelo que ficam inúmeras perguntas sem resposta. Fica, também, apesar de tudo, alguma curiosidade em saber que desenvolvimentos se seguirão na história de Daniel e dos habitantes de Tauri.
Tudo somado, a impressão que fica deste Tauri - Um Novo Mundo é a de uma leitura que, não sendo penosa, se evidencia, ainda assim, pelas várias fragilidades. E é pena, porque há, de facto, alguns momentos interessantes no enredo e um maior desenvolvimento dos acontecimentos e das personagens, acrescido de um maior cuidado na revisão, teriam melhorado substancialmente a história.
Não conhecia este livro, mas mesmo assim não foi para a minha lista de prioridades, parece-me pela tua opinião que não é um livro "obrigatório" por assim dizer :S
ResponderEliminarTens um selinho no meu blog :D
http://blocodedevaneios.blogspot.pt/2013/02/selo-novo-selinho-que-anda-passear-nos.html
bjs*
Nao vai haver o proximo?
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