A fantasia pode assumir muitas formas. O mais improvável dos contextos pode servir de base a uma boa história. Prova disso são os dois contos que constituem este pequeno livro, diferentes em muitos aspectos, mas ambos cativantes e interessantes. Em comum, têm o elemento fantástico e o facto de serem ambos boas leituras. O resto são histórias diferentes e características diferentes.
O Toque a Finados, de Stephen Vincent Bénet, conta, através das suas cartas, a história de um general inglês que se cruza com uma personalidade peculiar. De ritmo pausado e bastante descritivo, não é propriamente uma leitura viciante. É, ainda assim, agradável, sendo particularmente surpreendente a revelação final.
Por sua vez, O Homem que Fazia Milagres, de H.G. Wells, apresenta um indivíduo que se descobre capaz de conseguir tudo o que a sua vontade deseje. Algo caricato e com uma história cativante, também não é exactamente de leitura compulsiva, mas surge num registo bastante mais leve que o do conto anterior. Não é propriamente difícil imaginar que rumo seguirá o enredo, mas a história é, ainda assim, muito interessante, o mesmo se aplicando a algumas peculiaridades do narrador.
São, pois, dois contos interessantes e envolventes, com alguns momentos verdadeiramente inesperados e uma escrita também cativante a proporcionar bons momentos de leitura. Gostei, portanto.
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