quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Criança em Ruínas (José Luís Peixoto)

Parte inocência, parte obscuridade, parte imagem de algo onírico e surreal. Neste conjunto de poemas, há algo de estranho e de sensível, de trágico e de apaixonado, no reflexo quase impossível de algo que se perdeu, mas que parece deixar marcas em cada passo do caminho. Há imagens peculiares, evocações arrepiantes, sentimentos tenebrosos e ritmos que parecem evocar melodias indistintas. E cada poema parece ser, ao mesmo tempo, pessoal e improvável.
Alguns dos poemas são densos, difíceis de decifrar, tantas são as imagens e os possíveis sentidos por detrás das palavras. Outros são simplesmente intensos, como se trouxessem consigo sentimentos que é impossível ignorar. E, se nem todos me cativaram da mesma forma, o facto é, ainda assim, que vários houve que me ficaram na memória bem depois de terminada a leitura. E é essencialmente por isso que fiquei com vontade de ler mais deste autor. Gostei.

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