É possível que, enquanto autora de um dos contos incluídos nesta revista, a minha opinião possa ser um pouco suspeita. Por isso, fica desde já a ressalva de que, em todos os comentários feitos à revista na sua generalidade, estou a ignorar os aspectos respeitantes ao meu conto. É também esse o motivo que me leva a enveredar por um comentário mais específico a cada um dos conteúdos, ao invés da revista na sua totalidade. Antes, contudo, de passar ao conteúdo em si, fica uma nota positiva para a organização e aspecto da revista que, para mim, são bastante apelativos.
Mas passemos ao conteúdo e segue-se um breve comentário a cada um dos contos e artigos incluídos neste número um da Dagon.
Dormindo com o Inimigo, Luís Filipe Silva
Um conto envolvente, surpreendentemente fácil de entranhar na nossa imaginação e que cria, quase imperceptivelmente, uma ligação instantânea entre leitor e personagens. Com uma escrita cativante e um final de impacto, foi, para mim, o texto mais marcante desta revista.
Sitges 2009, Luís Canau
Não tenho estado particularmente a par das novidades cinematográficas, mas, no que ao fantástico diz respeito, este foi um artigo que me despertou a atenção para vários filmes. Claro e completo, mas sem revelar demasiado, desperta o interesse e desvenda parte do que podemos esperar dessas produções, para além de dar uma ideia bastante clara do que foi o festival de Sitges.
A Balada do Executor, Carla Ribeiro
Por razões evidentes, não tenho nada a dizer sobre este conto.
No bucks, no Buck Rogers!, Pedro Ventura
Apesar de ser uma problemática com que ainda não tive um contacto demasiado próximo, acho que este artigo reflecte bem as dificuldades de manter um ritmo de escrita em simultâneo com o trabalho, a família e restantes aspectos da vida pessoal.
Entrevista com Lavie Tidhar
Interessante e relevante, desvendou-me um pouco dos pontos de vista de um autor que me era completamente desconhecido.
Brasereiros, Nir Yaniv
Um conto complexo e, por vezes, difícil de acompanhar, com uma força imagética de grande impacto e que, depois da estranheza inicial, se entranhou vividamente nos meus pensamentos.
"A Ficção Científica Internacional e Problemas de Identidade", Larry Nolen
Não sou uma grande leitora de ficção científica (o meu elo de ligação ao fantástico passa em grande parte pela fantasia e, parcialmente, pelo horror), mas, a partir dos meus conhecimentos limitados no género, pareceu-me um artigo pertinente e interessante.
Ilustração (Miguel Ministro)
Bastante interessantes na sua generalidade.
Não Há Etcoeteras: Uma reflexão sobre a contística de João Barreiros, Nuno Fonseca
Mais uma vez, o meu conhecimento é um pouco limitado, já que o primeiro conto de João Barreiros que li foi o que vem incluído nesta revista. Ainda assim, posso dizer que esta reflexão me despertou o interesse para ler mais.
Um Dia com Júlia na Necrosfera, João Barreiros
Poderoso e intrigante, deixa, no ponto onde é interrompido, muitas respostas em suspenso. Fico à espera da continuação.
Glória Perpétua, Roberto Mendes
Parte emoção e parte obscuridade, captou por completo o meu interesse. Gostaria de ver este tipo de cenário mental mais desenvolvido em textos futuros ou, talvez, como base para uma história.
Balanço final: para mim foi uma leitura cheia de descobertas, o aprofundar de um género onde a minha familiaridade não é muita (a ficção científica) e o despertar de alguns interesses. Gostei e recomendo.
Olá Carla, como é que podemos obter essa revista?
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ResponderEliminarObrigado Carla =) *
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