segunda-feira, 17 de outubro de 2011

À Solta na Noite (Sherrilyn Kenyon)

Filha de um importante senador, Marguerite Goudeau sempre estive habituada às exigências de uma vida social que nunca lhe agradou. As companhias adequadas, os comportamentos adequados... Entre os interesses e o protocolo, a sua vontade era o factor menos relevante. Mas tudo mudou no dia em que se cruzou pela primeira vez com Wren Tigarian. Este, tolerado por alguns e odiado por muitos devido à sua natureza invulgar, era apenas uma cria quando foi acolhido no Santuário e, por isso, sempre se isolou do mundo em redor. Mas o contacto entre Wren e Marguerite acaba por ser a desejada arma nas mãos dos inimigos de Wren, que, perseguido e injustamente condenado, se encontra subitamente numa corrida para provar a sua inocência.
Um dos primeiros aspectos a cativar neste livro é o afastamento dos cenários e das figuras já mais conhecidas dos volumes anteriores desta série. Ainda que algumas personagens familiares surjam ao longo da narrativa, há, neste livro, um rumo diferente, mais afastado de Acheron e dos seus Predadores da Noite, para dar lugar a um maior desenvolvimento do mundo dos Predadores do Homem. E há bastantes pormenores novos sobre as relações e intrigas que definem este mundo.
Tal como nos livros anteriores, há um foco central na relação entre o casal protagonista, mas não se limitam a esta relação os pontos de interesse. Na caracterização dos protagonistas, destaca-se o passado de ambos: o de Maggie, condicionado pelos preconceitos e pelas regras das elites sociais; o de Wren, pelo tratamento injusto tanto da parte dos que lhe eram mais próximos como daqueles que tinham interesse em ficar com o que lhe pertencia. Desenvolve-se, portanto, uma curiosa empatia entre este casal saído de mundos diferentes (em vários aspectos), mas com bastantes pontos em comum.
Mas nem só do casal protagonista vive esta história e, na verdade, há uma boa dose de acção a complementar o romance, bem como alguns desenvolvimentos interessantes para uma visão mais global do mundo dos Predadores. Destaca-se, em particular, o importante papel do misterioso Savitar, cujas ligações e natureza permanecem um mistério que, a cada nova pista, se torna um pouco mais intrigante.
Uma leitura cativante, agradável, com uma forte componente de romance e sensualidade, mas aliada a outros elementos de forma bastante equilibrada. Personagens interessantes, um toque de mistério e uma boa história fazem deste livro uma boa leitura.

1 comentário:

  1. Já vou colocar na minha lista este livro, gostei demais!
    Tem selinhos para você Carla no meu blog, porque adoro ler o seu!
    http://sissyentreartes.blogspot.com/

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