sábado, 1 de março de 2014

A Bibliotecária (Logan Belle)

Regina Finch sempre quis ser bibliotecária. Por isso, o seu sonho maior parece estar agora realizado, pois conseguiu o emprego que queria na biblioteca que sempre a fascinou. Mas, chegada a um meio completamente diferente e limitada pelas experiências passadas, a sua natureza certinha não parece adaptar-se à vida em Nova Iorque. Ainda assim, Regina está determinada a estabelecer as suas rotinas, só que tudo muda no momento em que conhece Sebastian Barnes. Rico, dominador e absurdamente atraente, ele é tudo o que não encaixa nos planos de Regina para a sua vida. Mas o que é certo é que Regina lhe chamou a atenção e Sebastian está determinado a obter o que quer. Principalmente porque há uma parte de Regina que também se sente tentada...
Centrado essencialmente na sensualidade e na atracção existente entre os protagonistas, este é um livro que, à partida, não apresentará grandes surpresas. A ligação entre a jovem inocente e o homem dominador não é, propriamente, um tema novo e, assim sendo, não é difícil imaginar, em linhas gerais, o que vai acontecer. Além disso, o enredo centra-se em grande medida na relação entre os protagonistas, pelo que as suas histórias individuais, presentes e passadas, acabam por passar para um segundo plano, o que acaba por deixar a impressão de que algumas questões ficam por desenvolver.
Tendo isto em conta, não será, claro, um livro surpreendente, mas, apesar disso, tem vários pontos positivos. A escrita, bastante simples, flui, ainda assim, de forma envolvente, dando ao enredo um ritmo agradável quanto baste. A ligação entre os protagonistas, que começa um pouco forçada, acaba por se tornar mais convincente com o evoluir da história. E as tais histórias individuais, principalmente no que diz respeito ao passado de Sebastian, acrescentam também algo de interessante, mesmo não sendo tão exploradas como poderiam ser.
Há ainda dois outros elementos que, apesar da presença discreta, acrescentam ao enredo algo de cativante. O primeiro é um conjunto de personagens que, pouco presentes, mas relevantes, apesar disso, cativam pelas suas intervenções certeiras (com destaque, é claro, para Margaret). O outro prende-se com a relação de Regina com os livros que, mesmo sendo desenvolvida também de forma relativamente vaga, desperta, ainda assim, alguns pensamentos interessantes.
De leitura cativante, ainda que de enredo previsível, este é, por isso, um livro que, não sendo especialmente memorável, apresenta, ainda assim, uma história envolvente, de leitura leve e agradável e com alguns momentos particularmente interessantes. Gostei, portanto.

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