«Como lembrança, como aviso, como pincelada de noite ao alvorar. Como uma pequena fresta no pensar. Dar-te-ei qualquer coisa em que pensar, segredei eu. Ele acordou e não me encontrou no meu da escuridão do seu trauma.»
Aqui está ele: marido e pai, romântico desarranjado e académico apaixonado por Ted Hughes, um homem perdido depois da morte súbita da sua mulher. E ali estão os seus dois filhos, a enfrentarem, como ele, a tristeza insuportável que os engoliu no seu apartamento londrino perante um vaivém de amigos bem-intencionados e um futuro de absoluto vazio.
Neste momento de desespero, são visitados pelo Corvo - antagonista, trapaceiro, curandeiro, babysitter. Este pássaro «sentimental» é atraído pelo luto da família e ameaça permanecer com eles até que não mais precisem da sua ajuda. À medida que o tempo passa, as semanas se tornam meses e a dor se transforma em memória, esta pequena unidade de três pessoas começa a curar-se.
Numa estreia absolutamente extraordinária - parte novela, parte fábula polifónica, parte ensaio sobre o luto -, Max Porter combina sensibilidade e um estilo corajoso, criando um efeito deslumbrante. Carregado de um humor inesperado e marcado por uma profunda verdade emocional, O Luto É a Coisa com Penas marca a chegada de uma nova voz literária, entusiasmante e original.
Max Porter é coordenador editorial da divisão literária da Granta. Vive em South London com a família.
O Luto É a Coisa com Penas, o seu primeiro livro, foi galardoado com o Dylan Thomas, um dos mais importantes a nível internacional para autores de estreia.
Sem comentários:
Enviar um comentário