Um dos maiores romances escritos em português. Este livro é uma festa da língua, revolucionário, destroçando todas as convenções literárias do seu tempo. O leitor é maltratado, há capítulos em branco, outros sem utilidade. Brás Cubas, o improvável herói desta história, não fez nada de especial. Apaixonou-se por uma mulher casada, falhou uma carreira política, nunca teve filhos. Depois morreu, e então escreveu as suas memórias. Desde que foi publicado, em 1881, tem vindo a ganhar o apreço e a afeição de alguns dos maiores intelectuais e artistas contemporâneos. Woody Allen considerou-o um dos seus livros preferidos, «uma obra-prima muito, muito, original». Susan Sontag diz que este livro tem a capacidade de «impressionar sempre os leitores com a força de uma descoberta pessoal». Para Harold Bloom «o livro é cómico, inteligente, evasivo, muito divertido de ler, frase após frase».
Machado de Assis. Filho de pai carioca e mãe açoriana, um dos maiores nomes da literatura do Brasil, José Maria Machado de Assis, nasceu no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, em 1839. Depois dos primeiros poemas, publicados na imprensa, segue-se uma profusa obra, que abarca os mais diversos géneros: crónica, conto, romance, teatro, crítica literária. Em 1864 edita Crisálidas, o primeiro livro de poesia, e, em 1872, Ressurreição, o primeiro romance.
Inicialmente, as suas obras possuem características românticas, mas é no Realismo que se distingue, com romances como Memórias Póstumas de Brás Cubas (1880), Quincas Borba (1891) ou Dom Casmurro (1889), ao dar espaço à análise psicológica das personagens, aos seus desejos e necessidades, qualidades e defeitos. Morreu na madrugada de 29 de Setembro de 1908, em casa, no Rio de Janeiro, aos 69 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário