Não são alfinetes normais os que esta rapariga tem cravados no coração. São, sim, as marcas de uma vida onde tudo o que parece possível de se tornar positivo acaba por se revelar como nada mais como uma mágoa marcada no passado. E são estes momentos que, em estilo de fragmentos arrancados a um coração dorido, constituem a memória de uma protagonista que, perante o leitor, chega a ser demasiado real.
Gostei mesmo muito deste livro. Apesar de ser uma história pequena, com uma escrita simples e directa, a profundidade das memórias e dos acontecimentos que a autora evoca é vasta e até os mais pequenos momentos de luz parecem ganhar uma importância abissal perante tanta mágoa e tanta escuridão.
E é aí que reside o ponto forte deste livro: a autora fala de dor, de traição, de suicídio, com a simplicidade de quem sente, sem racionalizações, apenas emoção. Sem formatos definidos no rumo das palavras - apenas o que o coração parece ditar - a autora apresenta, em cada pequeno capítulo, um fragmento de uma história profundamente triste e demasiado real. E é isso que marca e que comove: cada um desses momentos poderia ter marcado a vida de qualquer um de nós.
Breve, mas intenso, marcante, ainda que de uma profunda tristeza, nunca esperei vir a gostar tanto deste pequeno livro. Mas a verdade é que, na directa intensidade das suas emoções, encontrei nestas páginas muito daquilo que procuro numa leitura: muito de emoção e algo com que me identificar.
Nunca tinha ouvido falar, mas pelo que dizes parece ser uma leitura muito boa. Vou tentar encontrar o livro para ler.
ResponderEliminarObrigada pela sugestão.
Comprei-o ha dois dias e já o li e re-li ! Amei , é lindo !
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