terça-feira, 2 de abril de 2013

Delírio (Lauren DeStefano)

Ao fugir da Mansão, Rhine esperava conquistar a liberdade e deixar para trás a ameaça das experiências do sogro. Mas a fuga foi apenas o início. Mal acabam de se afastar da Mansão quando Rhine e Gabriel caem nas mãos de Madame, uma mulher com tão poucos escrúpulos como Vaughn. Mais uma vez, Rhine julga ter de entrar no jogo da mulher que a controla, pelo menos, até encontrar uma forma de fugir. E, mais uma vez, os planos de fuga são apenas um passo num problema maior. O plano de Rhine é voltar a casa e encontrar o irmão. Mas, num caminho que se revela cheio de perigos, não consegue evitar a sensação de que alguns dos seus sucessos são demasiado fáceis. Além disso, Gabriel, que mal conheceu um mundo para lá da mansão, encontra-se agora perante um mundo bem mais sombrio que o que Rhine lhe descreveu. Como poderão eles continuar o seu caminho, se o cenário é tão sombrio e a ameaça que julgavam ultrapassada continua tão perto?
Narrada na primeira pessoa e com um intenso ritmo de acontecimentos, Delírio retoma os acontecimentos a partir da conclusão de Raptada, primeiro volume desta trilogia, para acompanhar a fuga da protagonista. Fuga esta que, sendo o centro de grande parte deste livro, implica grandes desenvolvimentos em termos de acção e não tantos em termo de contexto. Assim, este é um livro de ritmo viciante, já que há sempre algo a acontecer e uma impressão de tensão constante (resultante do facto de a protagonista quase nunca estar minimamente segura), e que, apesar de funcionar, em muitos aspectos, como livro de transição, deixando muitas questões em aberto para a conclusão da trilogia, apresenta, ainda assim, muitos acontecimentos interessantes, mantendo viva a curiosidade em saber o que acontecerá a seguir.
Narradora e protagonista, Rhine é o centro da história e, uma vez que tudo é narrado do seu ponto de vista, muitas perguntas ficam sem resposta. Isto aplica-se tanto a nível de contexto, já que muito do que se passa com Rhine e de como as experiências de Vaughn influenciam o conhecimento do vírus fica ainda em aberto, como a nível de personagens que se cruzam com ela ao longo do enredo e que, com o evoluir da história vão ficando para trás. Cria-se, assim, todo um conjunto de perguntas sem resposta, já que não os elementos de contextualização são expostos à medida que Rhine os compreende e que, quando aos seus aliados e inimigos que ficam para trás, Rhine não sabe o que lhes acontece depois da partida. Perguntas que, nalguns momentos, deixam a impressão de que mais poderia ser dito, mas que, ao mesmo tempo, criam muitas interessantes possibilidades para o que falta saber da história.
E, se há muitas questões a surgir ao longo do enredo, o final deixa tudo em aberto. Intenso, quer a nível de acontecimentos, quer no que toca a revelações interessantes, acrescenta à história novos factores a ter em conta. E, inevitavelmente, novas perguntas, que criam curiosidade em ler o volume final.
Escrito num registo directo e sem grandes elaborações, Delírio cativa pelo ritmo viciante e pela forma como, em torno de um cenário com muito potencial, consegue criar uma aura de mistério, despertando curiosidade para tudo o que ainda há por revelar. Uma boa história, portanto, e uma boa leitura.

1 comentário:

  1. Estou agora mesmo a ler este livro ^^ Estou muito curiosa :D

    bjs*

    ps. deixei.te um selinho ;)
    http://blocodedevaneios.blogspot.pt/2013/04/selo-desafio-arco-iris.html

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