Criadas estranguláveis e bons malandros, cabeleireiras ambiciosas e escritores inseguros, heterónimos ressuscitados e professores suspeitos, polícias cansados e almocreves incansáveis, mulheres-anjo e mulheres-demónio, marialvas e tímidos, ex-seminaristas e assassinos profissionais, emigrantes e retornados, padres e ministras, heróis e vilões.
Ao longo de mais de um século e meio, os melhores autores portugueses contribuíram para a riqueza e diversidade desta galeria onde não raras vezes o leitor encontrará o reflexo dos seus vizinhos e familiares, dos seus amigos e colegas de trabalho e onde não se deverá espantar por encontrar o seu próprio reflexo. Porque estas figuras compostas de papel, tinta e palavras são, afinal, pessoas como nós.
Pela primeira vez, cinquenta das melhores e mais representativas personagens da Literatura Portuguesa dos últimos dois séculos são apresentadas num único livro. Os textos escritos por Bruno Vieira Amaral são um convite à leitura dos romances, o habitat natural de cada uma das personagens, mas também um extraordinário retrato da história e evolução de um país, Portugal.
Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Licenciado em História Moderna e Contemporânea, no ISCTE, trabalhou como segurança, operador de telemarketing e foi gerente de cinemas, de um posto de combustível e de um bar, sendo esta a sua formação literária. Em 2002, uma temerária incursão pela poesia valeu-lhe ser seleccionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores. Colaborou no DN Jovem, revista Atlântico e jornal i. Escreve actualmente na revista Ler. Amaral não é o seu apelido, mas contar a história seria penoso.
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