segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Balanço de 2019

Mais um ano, com os seus altos e baixos, os seus momentos de sombra e de luz, sucessos e esperanças desfeitas, momentos que passaram e outros para nunca mais esquecer. E livros. Muitos livros, como sempre, ao todo 278, entre os muito pequeninos e os muito grandes.

E o que fica ao fim de mais um ano? Ficam as memórias, não só da leitura, mas também. É porque é de leituras que este corvo vos fala, aqui fica a minha lista das melhores entre muitas coisas boas que li este ano.


https://www.wook.pt/livro/samiterio-de-animais-stephen-king/22735922?a_aid=5aa257b7be336


Intenso, sinistro, arrepiante e com uma estranhamente fascinante visão sobre a inevitabilidade e irreversibilidade da morte, é uma história de terror cheia de momentos intensos, mas também com vários picos de emoção marcantes e uma boa medida de matéria para reflexão. Memorável em todos os aspectos, foi, sem dúvida, o livro de um ano repleto de leituras notáveis.



Por falar em matéria para reflexão, dificilmente se podia pedir um livro mais relevante. Com uma visão assustadoramente actual de certos segmentos sociais empenhados em reverter os direitos das mulheres, traça uma distopia arrepiantemente próxima, numa leitura viciante, intensa e muito relevante.



Extenso e detalhado em termos de contexto histórico, mas com uma história profundamente emotiva no percurso que traça para os seus protagonistas, é um daqueles livros que justificam cada instante passado a ler e que, além de despertar emoções intensas, fica na memória durante muito tempo.



A fazer lembrar um bocadinho ali o número um, cedo revela, porém, uma identidade própria na sua visão muito específica da morte e do que existe para além dela, povoada por locais sinistros, actos cujas consequências se prolongam por uma vida inteira e uma sucessão de mistérios e emoções que cativa do início ao fim.



Intenso e perturbador, com uma história feita de medos profundos, de insinuações aparentemente sobrenaturais e de um grande mistério com tanto de sinistro como de fascinante, é, tal como o anterior, um livro estranhamente viciante e também muito memorável.



Helen Grace, claro. Se houve  Helen Grace no meu ano, é certo que o livro vai acabar nesta lista. E, como habitual, não desilude, com a sua protagonista complexa e fortíssima, o seu enredo cheio de surpresas e de reviravoltas e uma mistura de crime e investigação com a construção cada vez mais sólida de uma equipa cuja relação vai muito além de um simples emprego.



Há muitos livros sobre a Segunda Guerra Mundial, mas não há muitos como este, em que, mais do que as consequências globais, é o impacto que a guerra tem sobre as vidas desta comunidade aquilo que mais se destaca. É uma história de união, de espírito de comunidade. E tem também os seus mistérios para lhe acrescentar mais vida.



Difícil de definir, mas irresistivelmente brilhante, esta história de um jovem arrastado para o crime - e para a sombra de uma vingança iminente - para proteger os destroços da sua família é simultaneamente viciante, comovente e muito, muito marcante.



Monstress é Monstress. Visualmente belíssimo, com um mundo repleto de complexidades e um conjunto de personagens tão fascinantes e intrincadas como a teia de intrigas em que se movem, é um daqueles livros em que nunca se esbate a vontade de regressar.



Com uma história independente, mas vários fios a ligar estas personagens a outros livros do autor, traça com a habitual mestria uma história de mistério e romance onde as grandes revelações se entrelaçam na perfeição com o desabrochar de uma história de amor.


Planos para o próximo? Os mesmos do costume. Mais momentos, mais memórias para preservar, talvez - e é um grande talvez - encontrar o caminho de volta para as palavras... E ler, sempre. Sempre, sempre, sempre. Porque os livros continuam a ser a melhor das companhias... e o mais fabuloso portal para outros mundos, mesmo quando não podemos sair do nosso.

Boas leituras para todos... e bom ano! :)

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