Para trás ficou o caso do Assassino Sentenciador e Will Piper deixou de ser agente do FBI para ser apenas marido de Nancy, pai de Philip... e guardião de um grande segredo. Mas quando surge num leilão o que parece ser um estranho registo de nascimentos e mortes, identificado com a data de 1527, a nova tranquilidade da vida de Will vai desaparecer. Porque são demasiados os interessados no seu segredo e as descobertas que aquele livro esconde podem mudar o rumo de muitas vidas.
Sequela directa de A Biblioteca da Morte, é natural que muita da temática que este livro explora tenha já sido explicada no livro anterior. E é por isso que, de um modo geral, este surge como uma leitura mais leve e mais fluída, onde as explicações necessárias encaixam mais facilmente no ritmo do enredo, sem grandes momentos monótonos. A escrita é acessível e, aliada a uns quantos recuos no tempo (que, para mim, são os momentos mais marcantes da narrativa) onde personalidades tão importantes como João Calvino, Michel de Nostredame e William Shakespeare (este o responsável por uma boa parte do enigma deste livro) têm uma considerável intervenção, resulta numa leitura agradável, envolvente e, de modo geral, bastante viciante.
Intrigante e com momentos bastante bons - e aqui destaco os protagonizados por João Calvino e Edgar Cantwell - falha apenas no ponto da imprevisibilidade, isto porque, para quem leu A Biblioteca da Morte, parte do que Will e o clube 2027 procuram desvendar neste livro foi já revelado no epílogo do volume anterior. Ainda assim, a forma como esta descoberta se processa e, em particular, o percurso do segredo no passado, não deixam de dar origem a momentos muito bons.
Para os fãs do thriller histórico - e, obviamente, para quem gostou de A Biblioteca da Morte - este é um livro que não irá desiludir. Com um ritmo bastante intenso, mas também com um maior desenvolvimento da vida pessoal de Will, o resultado final é uma leitura envolvente e muito agradável. Gostei.
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