sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Chave Maldita (James Rollins)

Três mortes, separadas por um curto espaço de tempo e ligadas por uma característica comum - o símbolo da cruz quadripartida gravado nos corpos - exigem a atenção da força Sigma. Tudo aponta para que a causa esteja ligada a alguns segredos preservados pela empresa Viatus, mas alguns elementos permanecem inexplicáveis. E, à medida que os passos de Gray Pierce e Painter Crowe, na sua corrida contra o tempo, os conduzem a novas revelações, a história e a tecnologia apontam para a busca da Chave do Juízo Final... e para uma entidade superior à Viatus como mão executora.
Viciante, envolvente, e com uma conjunção muito interessante de mito, História e tecnologia, este é um livro que cativa desde o início, apresentando mistério atrás de mistério e respondendo a cada revelação com um novo enigma. O ritmo é de acção intensa, desde as primeiras páginas até à resolução final, mas isso não impede que haja uma apresentação adequada das bases técnicas, históricas e científicas necessárias à explicação de certos elementos da investigação.
O mais cativante, ainda assim, é, num ambiente de intensa luta e constante risco de vida, a relação entre os vários intervenientes desta história. Este é apenas o segundo livro que leio deste autor (sendo o primeiro A Cidade Perdida), pelo que não acompanhei a série por ordem, mas, ainda que a história deste livro seja perfeitamente independente e não apresente quaisquer dificuldades de leitura a quem se esteja a estrear neste autor, é devido às relações entre personagens que fico com a impressão de que uma leitura destes livros pela sua ordem cronológica terá ainda um maior impacto.
Isto porque existem elos intensos, relações de cumplicidade, de amizade, de preocupação, e até de amor entre personagens. Existem também personalidades cativantes - Gray Pierce é um protagonista fascinante - que deixam a constante vontade de conhecer mais sobre a sua história. E existe ainda a ambiguidade de uma possível traição e do enigma por detrás da sua verdadeira natureza, na figura de Seichan, constante fonte de surpresas ao longo deste livro.
Um livro de leitura praticamente compulsiva, com personagens deveras intrigantes e vários elementos de interesse na área da simbologia e da biotecnologia. Sem dúvida, um autor a seguir. Muito bom.

2 comentários:

  1. Este é um dos livros que quero mesmo muito comprar. Já li todos os outros livros do autor e sou fã.
    Por acaso li por ordem, os outros 3 em que a personagem principal é o Gray Pierce e acredito que possa ter havido algumas situações/relações mais difíceis de entender por não teres lido os outros livros. Ainda por cima, se só leste "A Cidade Perdida", ainda deve ter sido mais difícil, pois esse é considerado a prequela (acho que é este o nome) dos outros livros da Sigma.

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  2. Sou seguidora acérrima de James Rollins desde "O Mapa dos Ossos", e acabei ontem de ler "A Chave Maldita", foi muito bom como já estava à espera, acho mesmo que um dos melhores da série Sigma =)

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