Polikuchka é um bom homem, pai de família, mas que, em estado de embriaguez, tem tendências criminosas. Apesar de tudo, a sua senhora persiste na necessidade de o colocar no bom caminho e é por isso que decide confiar nele para ir recolher algum dinheiro que lhe pertence. Entretanto, é imperioso que três homens da propriedade sejam escolhidos para partir para a guerra e, a não ser que alguém pague pela sua substituição, um deles é um homem recém-casado e que dificilmente pode tolerar as agruras do seu destino. Assim, a felicidade de uns é a tristeza de outros e estes dois acontecimentos, aparentemente independentes, acabarão por se unir numa solução... imprevista.
Contrariamente ao que aconteceu no início do ano com Anna Karénina, este foi um livro de muito fácil leitura. Sendo uma obra de pequenas dimensões, que não atinge sequer as cem páginas, o autor não se demora nas descrições e na caracterização social de uma forma tão exaustiva e, assim, a história de Polikuchka não se perde entre descrições de comportamentos e críticas sociais.
Existem várias descrições, claro, e há momentos em que o autor se demora em pequenos aspectos que parecem não ser de grande relevo para os acontecimentos. Ainda assim, estes momentos mais parados não se tornam excessivos e são claramente compensados pelos momentos mais marcantes e intensos, onde é possível, de facto, sentir simpatia - e até uma certa compaixão - pelos principais intervenientes desta pequena história.
Uma leitura bastante agradável, com momentos verdadeiramente envolventes, e sem grandes exageros descritivos. Gostei.
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