Joaquim tinha saído a salto de Portugal, viajado apertado em camionetas de gado, andado quilómetros e quilómetros a pé, à chuva e pela neve, quase tinha perdido a vida nos Pirenéus e agora estava ali, na capital portuguesa em França. O sítio onde, todos lhe garantiam, podia enriquecer e concretizar os seus sonhos. Mas o que via era um bairro de lata. Sentia os pés enterrarem-se na lama. Olhava para as barracas miseráveis e para os fardos de palha que faziam as vezes de uma cama. Mas Joaquim não estava disposto a baixar os braços.
Depois do sucesso de Os Retornados – Um Amor Nunca se Esquece e Um Amor em Tempos de Guerra, Júlio Magalhães volta a ficcionar um tema fundamental do século XX português, muitas vezes esquecido: o drama da emigração portuguesa para França nos anos 60. Para Joaquim, Portugal estava longe. Era ali, em França, na terra que lhe dava de comer, que queria vingar, que prometia, à força do seu trabalho, derrubar fronteiras e preconceitos. O plano estava traçado. Iria abrir uma empresa de construção, com o seu amigo Albano, enriquecer e, depois de ter casa montada com carro estacionado à porta, iria pedir a mão da sua Françoise, a professora de Francês que lhe abriu o mundo das letras e do amor.
Júlio Magalhães é director de informação da TVI e autor de Os Retornados – Um Amor Nunca se Esquece, em 15.ª edição, e Um Amor em Tempos de Guerra, em 10.ª edição, dois best-sellers com mais de 75 mil exemplares vendidos. Nascido no Porto a 7 de Fevereiro de 1963, foi para Angola com sete meses, tendo vivido um ano em Luanda e doze em Sá da Bandeira (Lubango). Em 1975 regressou para Portugal, mais precisamente, para a cidade do Porto. Estreou-se na RTP onde, para além de jornalista e repórter, apresentou o programa da manhã e o Jornal da Tarde.
O amor é um conceito intrigante. Existem diversas formas de amar, diferentes objectos de amor, formas díspares de viver e sentir este sentimento universal. As nove mulheres que fazem parte deste livro são exemplo disso. São mulheres que, durante o século XX amaram sem limites, nem preconceitos, desafiando convenções e modelos estabelecidos, entregando-se de corpo e alma à sua paixão.
Depois do enorme sucesso de As Nove Magníficas, Helena Sacadura Cabral regressa à biografia, género que desenvolve com mestria, para nos apresentar Mulheres que Amaram Demais.
Marie Curie amou a ciência acima de tudo, Gabrielle Chanel, a moda, Marguerite Yourcenar, a sua literatura, a extravagante Gala Dalí entregou-se à arte, Jacqueline Kennedy Onassis viveu sempre perto de homens de poder, a misteriosa Wallis Simpson deixou-se fascinar pelo estatuto e pela riqueza, Golda Meïr amou a terra, o povo e um projecto político, a actriz Marlene Dietrich amou homens, mulheres e a sétima arte, já Madre Teresa de Calcutá entregou-se a Deus e ao outro, sem limites.
É a história destas extraordinárias mulheres, o modo como se entregaram ao amor físico, carnal, erótico e sensual, como viveram ao lado de homens e mulheres, companheiros que nunca lhes fizeram sombra, mas que serviram os seus propósitos, a forma como perseguiram os seus objectivos profissionais e de vida, que Helena Sacadura Cabral nos conta com a sua visão sempre actual e irónica da realidade.
Helena Sacadura Cabral, economista de formação, ensinou na universidade o que, enquanto tal, aprendeu. Mas temperou esse ofício com aquilo que a vida lhe ensinou. Por gosto, é também cronista na imprensa e na rádio. E ainda escreve livros. Até à data, nove já publicados. Sobre aspectos variados da sociedade que nos rodeia que vão da economia à política, da sociologia à gastronomia, enfim, do reflectir ao sentir.
Se há um facto que as pessoas conhecem do Império Romano é que ele caiu. Foi no ano 476 d.C. que Rómulo Augusto, o último imperador do Ocidente, foi deposto e enviado para um exílio confortável. Por essa altura, já a maioria das províncias do ocidente tinha sido devastada pelos senhores da guerra germânicos. O mesmo destino abatia-se, agora, sobre Roma.
Como é que esta superpotência entrou em decadência e desapareceu é uma das grandes questões da História, uma porta aberta para compreendermos a ascensão e queda de outros impérios e países ao longo da História e daí retirar importantes lições para os dias de hoje.
Para Adrian Goldsworthy, autor de Os Generais Romanos – Os homens que construíram o Império Romano e César – A vida de um colosso, o colapso do Império Romano do Ocidente foi apenas o ponto final num processo que se tinha iniciado séculos antes. Esta épica história começa com a morte do imperador Marco Aurélio, em 180 d.C., quando Roma era, ainda, a única superpotência mundial e continua com uma longa e lenta decadência que atravessa o caos do século III, o Cisma do século IV e termina no século V com o colapso final.
Baseado numa rigorosa investigação, em textos da época e usando os mais recentes dados arqueológicos, o historiador Adrian Goldsworthy recria com perícia e vivacidade os últimos e violentos momentos do mundo romano.
Adrian Goldsworthy estudou no St. John’s College Oxford e leccionou em várias universidades. Publicou diversas obras como The Roman Army at War, Roman Warfare, The Punic Wars (publicado como The Fall of Carthage em livro de bolso), Cannae. A Esfera dos Livros editou em Portugal a obra Os Generais Romanos, que se encontra já em 2. ª edição, e César, A vida de um colosso. Esta última foi escolhida pela Society for Military History para o Distinguished Book Award para biografia e memórias de guerra.
Aos 46 anos, no dia 4 de Dezembro de 1980, Francisco Sá Carneiro, fundador e líder do PSD, morreu em Camarate. Junto de Snu Abecassis, a mulher por quem se apaixonou e por quem desafiou a Igreja, a família e a sociedade. Os que o seguiam viam-no como a única esperança da democracia. Os que o combatiam criticavam-lhe a intransigência com que fazia política. A sua morte, há exactamente 30 anos, ficou envolta em mistério e polémica - e fez dele um mito.
Depois de cinco anos de pesquisa exaustiva - através da recolha de fotografias e documentos nunca vistos, perdidos em arquivos privados, e de 76 entrevistas aos familiares mais próximos, a amigos de infância, a companheiros e a adversários -, o jornalista Miguel Pinheiro traça a biografia completa, pessoal e política, de Francisco Sá Carneiro.
Neste livro, ficamos a conhecer os episódios até agora desconhecidos da vida do homem que durante onze meses foi primeiro-ministro de Portugal: a depressão que sofreu e tentou esconder a seguir ao 11 de Março de 1975, a decisão de ocultar o romance com Snu por receio de perder umas eleições, as cartas inéditas do divórcio, a tentativa de declarar a nulidade do casamento no Vaticano, a forma como gostava de desafiar a morte em avionetas e helicópteros e os detalhes dos violentos confrontos políticos com Álvaro Cunhal, Ramalho Eanes e Mário Soares.
Miguel Pinheiro é director da revista Sábado. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, começou a trabalhar em jornalismo no semanário O Diabo. Passou pelo extinto diário A Capital, onde foi repórter e editor de política, sociedade e internacional, e exerceu o cargo de director adjunto do jornal 24 Horas. Colaborou com vários outros meios de comunicação social, nomeadamente com O Independente, a Maxmen e as revistas brasileiras República e Bravo!. Recebeu o prémio Grande Reportagem atribuído pela revista Grande Reportagem.
Era uma vez…
O Capuchinho Vermelho e o terrível Lobo Mau, a pobre da Gata Borralheira, o espertalhão do Gato das Botas, o coitado do Príncipe mais as suas malfadadas orelhas de burro, a veloz Lebre e a ainda mais rápida Tartaruga, a Cigarra cantante e a Formiga trabalhadora, a terrível Bruxa que pôs a bela Celeste a dormir, a Branca de Neve e os seus sete amigos anões, os Três Porquinhos, irmãos e amigos, mas tão diferentes entre si, os pequenos, mas incansáveis Duendes, o triste avarento mais o seu fantasma de Natal, a Baleia cantora de ópera, o Pinóquio e o seu nariz incontrolável, a formosa e bonitinha Carochinha pronta para casar com o seu João Ratão...
Todos estes príncipes e princesas, fadas e bruxas, seres mágicos e outras personagens que fazem parte da infância de todos nós reúnem-se no novo livro de Fernando Mendes.
Depois do sucesso de Petiscos de Fazer Crescer Água na Boca, com 12 edições e mais de 22 mil exemplares vendidos, o conhecido actor e apresentador de televisão escolheu 30 dos seus contos tradicionais favoritos e recriou estas magníficas histórias, ao sabor da sua imaginação, dando-lhe um toque pessoal de humor e emoção.
Era uma vez… Os Contos Favoritos de Fernando Mendes inclui um original CD com 12 histórias contadas de forma surpreendente pelo autor, com direcção musical de Luís Portugal, e uma canção original interpretada por Fernando Mendes.
Fernando Mendes é apresentador do concurso Preço Certo em Euros, exibido diariamente na RTP1. Em 1984, estreou-se em televisão, tendo participado em telenovelas e séries televisivas de sucesso como Passerelle (1984), Nico d’Obra (1993) e Nós os Ricos (1996). Em 1988, foi considerado o «Melhor Actor do Ano» pelo Jornal Sete e, em 1989, foi-lhe atribuído o Prémio Popularidade pela Casa da Imprensa.
Publicou em 2008 com grande sucesso o livro Petiscos de Fazer Crescer Água na Boca, que se encontra na 12.ª edição com mais de 22 mil exemplares vendidos.
O poema também conhecido como Carta a um Filho, escrito em versos e contado com imagens, foi composto por Rudyard Kipling em 1910. Em 1995, uma sondagem da BBC apontou-o como o poema mais apreciado na Grã-Bretanha.
É um poema duro, que exorta a nunca se render, a andar sempre de cabeça levantada, a não se deixar enganar, a não perder o sentido da responsabilidade inclusive nas circunstâncias mais adversas. Ter este código de conduta é, sem dúvida alguma, muito difícil, sugeri-lo a um filho, audaz e exagerado. Mas este discurso dito em voz alta, solene, calmo, íntegro, sem medo de utilizar palavras transcendentes, evoca um mundo de nobres valores luminosos e eternos.
Rudyard Kipling nasceu em Bombaim (Índia) em 1865. Cresceu como qualquer criança da sua época, embalado desde o seu nascimento por lendas e canções indianas. Em 1889, deixou a Índia e percorreu a América escrevendo para The Pioner. Em 1890 chegou a Inglaterra onde os seus contos imediatamente encontraram lugar nas revistas mais prestigiosas. Escreveu muitas obras, entre elas, as histórias de Mowgli que acabariam por ser o Livro da Selva. Regressou a Inglaterra, e graças aos seus romances, poesias e artigos, Kipling tornou-se um escritor prestigioso e popular ao mesmo tempo. Em 1907 recebeu o Prémio Nobel da Literatura. Morreu em 1936.
Mauro Evangelista nasceu em Macerata (Itália) onde vive e trabalha. Estudou na Academia de Belas Artes de Veneza e de Macerata. Trabalhou como desenhador e ilustrador de livros infantis e tem obras publicadas em editoras de vários países. Ao abordar o sugestivo poema de Kipling, sem dúvida, deixou-se levar pela ideia de Umberto Eco: «Um livro fala de todos os outros livros.»
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